o programa era mais aliciante do que ficar no sofá a ver televisão

o programa era mais aliciante do que ficar no sofá a ver televisão

Boas questões! E fizeram-me realmente pensar… Se alguém me dissesse, uns meses antes de tudo começar, que eu iria passar várias noites à espera de borboletas, atraídas por uma luz, para lhes colocar um copo por cima, receberia um olhar de estranheza e incredulidade igual a alguns que recebo quando relato estas ”aventuras”. Até perceberem que falo a sério e quererem saber mais sobre o assunto .
Tudo começou com as fotos de borboletas da Ascensão, que eu achava muito bonitas, mas o que me intrigava era o pedido a um ”tal” Carlos Franquinho para que as identificasse. Ficava realmente surpreendida com os conhecimentos revelados por ele e percebi que era um entendido na matéria. Quando o grupo surgiu e foi marcada a primeira sessão, fui movida pela curiosidade, pelo facto já estar a olhar as borboletas e a ”vê-las” realmente. Achava também que ia conhecer pessoas muito interessantes. Além disso, o programa era mais aliciante do que ficar no sofá a ver televisão, numa noite de verão, e decorria num espaço de que já gostava muito, a nossa mata.
E não há dúvida, a primeira vez foi realmente inesquecível, não só pela quantidade de borboletas que apareceram, mas principalmente pelo belo espectáculo com que fomos brindados, as centenas de pirilampos que nos receberam… Foi mágico…
Era o suficiente para me fazer voltar. Mas mais que isso, os amigos que participavam, as pessoas que conheci, as relações de amizade que se estreitaram ou foram surgindo… As caminhadas, os passeios, as sessões nocturnas, valem pelo convívio, pelas aprendizagens e pela partilha…
Continuo sem saber o nome da maior parte das borboletas, (deixo isso para os meus amigos a quem muito admiro ®) mas aprendi muito sobre elas e passei a vê-las com outra sensibilidade.
Posso resumir esta actividade deste modo: ”Primeiro estranha-se, depois entranha-se” .