Monitorização de transectos

A monitorização de borboletas pelo método dos transectos foi definida em 1977 por Ernie Pollard e desenvolvida por Pollard & Yates, em 1993.

Esta monitorização, conhecida como “Pollard walk”, consiste numa caminhada através de um percurso fixo (transecto) estabelecido num determinado local. Ali, as borboletas vão sendo contadas de forma regular, sempre que as condições meteorológicas sejam adequadas. Os transectos deverão ser monitorizados ao longo de vários anos, para que a informação compilada seja estatisticamente relevante e permita avaliar a evolução das populações.

A caminhada deve ser efetuada num passo lento e constante. Deverão ser contadas todas as borboletas de cada espécie, visíveis num cubo imaginário com 5 m de lado (ver imagem à esquerda). Se for necessário parar (para identificar uma borboleta, por exemplo) a contagem fica em pausa até que se recomece a caminhada. Não se conta olhando para trás.

Idealmente dever-se-á realizar a contagem num período entre as quatro horas anteriores e as quatro horas seguintes ao meio dia solar. No horário de verão, em Portugal, isto corresponde, aproximadamente, ao período entre as 09h30m e as 17h30m.

Os transectos não devem ser monitorizados quando a temperatura for inferior a 13ºC. Entre os 13ºC e os 17ºC poderão ser monitorizados se a percentagem de nuvens for inferior a 50%. Acima dos 17ºC a contagem pode ser realizada com qualquer condição atmosférica, desde que não ocorra precipitação. Resumindo: deve-se optar por um dia simpático.

No Pinhal Litoral,  nosso grupo tentará monitorizar 8 transectos, mais ou menos representativos dos diversos habitats da nossa região.

  • TR1: Ribeira da Lagoa das Éguas, Marinha Grande
    (florestal, ribeiras e charcos temporários)
  • TR2: Serra da Pevide, Porto de Mós
    (cársico)
  • TR3: Alcanadas, Batalha
    (florestal, agrícola, cársico)
  • TR4: Vale dos Poios, Pombal
    (cársico, agrícola)
  • TR5: Vale do Lapedo, Leiria
    (cársico, agrícola, florestal, ripícola)
  • TR6: Rio Arunca, Pombal
    (agrícola, ripícola)
  • TR7: Dunas litorais, Marinha Grande e Leiria
    (dunar, florestal)
  • TR8: Polje de Mira, Porto de Mós
    (cársico, charcos temporários)