6ª caminhada diurna: pelas margens do Liz

No passado domingo, dia 23, realizámos a nossa 6ª caminhada diurna para observação de borboletas.

O dia amanheceu indeciso, com o sol a espreitar entre períodos de chuva fraca. Apesar disso arriscámos. Pelas 10h00 o grupo estava reunido, preparado para percorrer as margens do Liz.

À partida, com o dia ensombrado, a esperança de ver uma borboleta que fosse, era bastante reduzida...

À partida, com o dia ensombrado, a esperança de ver uma borboleta que fosse, era bastante reduzida…

Logo nos primeiros metros do percurso, parece que fizemos uma viagem no tempo: um pastor com o seu rebanho de cabras seguia a par connosco. Com as nuvens a esconder o sol, alguém deverá ter pensado: “vamos tirar fotografias a estes bicharocos que podem ser os únicos a aparecer hoje!”

Uma caminhada muito participada!

Uma caminhada muito participada!

Esta zona revela-se um ecossistema ribeirinho único em todo o concelho. Apesar das águas poluídas, neste local o Liz apresenta uma galeria ripícola em relativo bom estado e, em redor, uma planície aluvial ocupada por campos agrícolas semi-abandonados. Um habitat bastante diferente dos espaços florestais ou urbanos que caraterizam a quase totalidade do nosso concelho.

Aqui e ali, na falta de sol e de borboletas, os mais atentos vão descobrindo outros pequenos insetos. Ao constante chilrear das aves junta-se o  clique-claque das máquinas fotográficas.

Então, timidamente, aparece o primeiro raio de sol. De um momento para o outro, surge uma Vanessa atalanta e depois uma Colias croceus. E logo ali voam as Pararge aegeria.

A primeira Colias croceus do dia colaborou e nós aproveitámos...

A primeira Colias croceus do dia colaborou e os fotógrafos de serviço aproveitaram…

Com as borboletas a voar e o sol a brilhar, o dia foi ficando animado e as descobertas sucediam-se.

Uma lagarta de Cucullia calendulae Treitschke, 1835

Uma lagarta de Cucullia calendulae Treitschke, 1835

Uma Carcharodus tripolina/alceae

Uma Carcharodus tripolina/alceae

Uma pequena libelinha: Calopteryx xanthostoma (Charpentier, 1840)

Uma pequena libelinha: Calopteryx xanthostoma (Charpentier, 1840)

Depois de atravessarmos para a margem norte do Liz, iniciamos o caminho de regresso. Enquanto os loureiros nos atraem pelo seu cheiro, algumas árvores de fruto atraem várias Vanessa atalanta que por ali esvoaçam sem parar.

O dia não terminaria sem encontrarmos uma espécie nova para o concelho, a Pieris napi (Linnaeus, 1758). Afinal, também é esse um dos objetivos destas caminhadas! :)

Pieris napi (Linnaeus, 1758)

Pieris napi (Linnaeus, 1758)

Agora que já sabe o que perdeu, não se esqueça, para a próxima, junte-se a nós!

Com: Alexandrina, Armando, Aurélio, Carlos, Cristina D., Dina, Felisbela, Gonçalves, Hugo, Ivone, Paulo

1 Response

  1. aurelio diz:

    Pela diversidade de elementos a fotagrafar, pelo grupo que se formou , é sempre gratificante participar nestes eventos , observando Borboletas e tudo à sua volta.

Leave a Reply